quarta-feira, 16 de abril de 2008

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No mês de Março aconteceu um curso de Libras no município de Boa Vista do Tupim. Foram 25 participantes: surdos, ouvintes, representantes das secretarias de Educação, Acção Social, Cras, Conselho Tutelar.O curso foi bem animado e a avaliação dos participantes foi muito positiva.

Surgiu a proposta de construir uma Casa de Apoio para portadores de direitos especiais em parceria com a Prefeitura. Os participantes querem continuar a formação com um curso para professores de alunos com deficiência intelectual. Para os surdos de Boas Vista oferecemos a oportunidade de passar uma semana de aulas junto com os surdos de Mundo Novo. Podes Mundo Novo oferece também a possibilidade para professores de fazer um estagio com nossos alunos surdos.

Em Pintadas continuamos o cadastramento de todos os alunos com necessidades especiais. Pensamos elaborar uma variedade de soluções: inclusão simples na rede regular, classe especial dentro a escola regular, escola especial para os alunos que não podem ser incluídos na rede regular, sala de recursos.

Duas estrategias são muito importantes para crianças com necessidades educacionais especiais: empoderamento "empowerment" e corrente principal "mainstream".

Empoderamento, "empowerment" em inglês se traduz mal em português. Na área da deficiência significa: " ativar e detectar todas as capacidades ou faculdades psíquicas do aluno que podem ser desenvolvidas" No tempo de Vygotsky surgiu a "defectologia", a ciência que estudou os "defeitos". Esta defectologia já foi abandonada por muito tempo porque era uma aproximação bastante negativa da deficiência.

Na literatura científica internacional não se utiliza mais a noção de "deficiência" mas se utiliza a palavra em inglês " handicap". " Deficiência sugere sempre uma apreciação negativa. Quem não é "eficiente" é..... "deficiente".

" Handicap" é uma palavra que tem a sua origem no esporte, nos torneios de cavalos. Os cavaleiros mais hábeis colocaram uma mão numa capuz para guiar o cavalo com uma única mão, o que diminui a possibilidade de ganhar as provas do torneio.(hand in cap = mão na capuz')

"Handicap" significa: " impedimento ou desvantagem". Quem ganhava o torneio mesmo com a desvantagem do capuz era considerado um cavaleiro superior. Então, pessoa com "Handicap=desvantagem" não é alguém inferior (deficiente) mas alguém que vence, supera dificuldades.

Apoderar significa habilitar a pessoa com "handicap" para superar um impedimento.Um exemplo concreto pode esclarecer melhor esta filosofia educativa. Ensinar um cego o Braille ou um surdo a LIBRAS -Língua Brasileira de Sinais- é um ato de "empoderamento".

" Mainstreaming" - colocar na corrente principal - é uma noção que já se encontra no livro de Samuel Kirk (Educating excepcional children, professor da famosa University of Illinois em 1962) A idéia principal é que crianças com "handicap -impedimento" devem ser "incluídos" na classe regular quando for possível. A classe regular é considerada a "corrente principal". Quando a inclusão da criança com "handicap-impedimento" não é possível a criança é desviada por uma corrente secundaria por um tempo para entrar depois de novo na corrente principal. Para Kirk o objetivo da educação especial é a inclusão máxima do aluno na corrente principal. A noção de "inclusão" existia muito antes da Declaração de Salamanca de 1994!

SOBRE A PODES

No português europeu, o pronome "tu" é empregado como forma própria da intimidade.Usa-se de pais para filhos, de avós ou tios para netos e sobrinhos, entre irmãos ou amigos,entre marido e mulher. No português do Brasil o uso do "tu" restringe-se ao Sul do país e ao Norte em regiões ainda não suficientemente delimitados. (Celso Cunha- Nova Gramática)

É este valor , de tratamento igualitário, de aproximação e intimidade, que queremos exprimir pela sigla PODES. Queremos dizer ao nosso irmão, a nossa irmã, com deficiência " Tu PODES".

Sabemos que gramaticalmente nossa sigla PODES da Pastoral dos Portadores de Direitos Especiais não é correta mas pensamos que podemos juntos infringir certas regras da gramática. Sabemos também que "Direitos Especiais" não existem na lei mas pensamos que podemos ignorar uma vez esta lei que muitas vezes ignora os nossos direitos. Na lei somos tratados ainda como pessoas com necessidades especiais e portadores de deficiências. ( na LDB por exemplo)

Temos necessidades especiais, sim, mas onde ficam os nossos direitos "especiais" que são, ainda muitas vezes , ignorados pela sociedade. Nós não somos "sujeitos de filantropia" mas cidadãos que querem e podem participar plenamente da sociedade!

Nós podemos, nós temos impedimentos sim, mas estes impedimentos são mais sociais do que individuais. Onde fica a deficiência? Na pessoa ou na sociedade?

Foi Frei Betto , que pela primeira vez, sugeriu a sigla "PODES". Na primeira reunião da nossa associação a sigla foi aceita com unanimidade. Podemos! Podemos juntos , pessoas com deficiência, pais, educadores... valorizar e desenvolver nossas capacidades mútuas.

O relacionamento igualitário gera "força" e " ternura". Força como energia vital para superar os impedimentos que tanto os pais, educadores, terapeutas do que as pessoas com deficiência experimentam. Ternura como aceitação e valorização de cada pessoa humana, com ou sem deficiência.

OBJETIVOS DA PODES


Inclusão da pessoa com deficiência na sociedade, conquistando seus direitos garantidos pela lei, promovendo a participação ativa da pessoa com deficiência na construção de uma sociedade mais justa e solidária. Esta inclusão tem como fundamento uma espiritualidade bíblica e ecuménica, respeitando a opção religiosa de cada pessoa com deficiência.





"Inclusão" acontece pela realização de dois objetivos principais:
"igualdade" e "plena participação".




Para se alcançar igualdade e plena participação, não bastam medidas de reabilitação voltadas para o indivíduo com deficiência. A experiência tem demonstrado que é o meio que determina, em grande parte, o efeito de uma deficiência na vida diária da pessoa.

Uma pessoa se torna vítima do impedimento quando lhe são negadas as oportunidades de que se dispõe a comunidade em geral e que são necessárias aos aspectos fundamentais da vida, inclusive a vida familiar, a educação, o emprego, a moradia, o lazer, a segurança econômica e pessoal, a participação em grupos sociais e políticos, nas atividades religiosas, nas relações afetivas e sexuais, no acesso a instalações públicas, na liberdade de movimentos e no sistema geral da vida diária.

Ás vezes as sociedades só se ocupam das pessoas que estão em pleno gozo de todas as suas faculdades físicas e intelectuais. As sociedades precisam reconhecer que, apesar dos esforços feitos em matéria de prevenção, haverá sempre um determinado número de pessoas com deficiência e incapacidades e que devem ser identificados e eliminados os obstáculos à sua plena participação.

Os serviços especiais, de que pudessem precisar pessoas com deficiência, devem fazer parte, sempre que possível, dos serviços gerais de um país. O princípio não se aplica exclusivamente aos governos! ( Programa de Ação Mundial para as Pessoas com Deficiência - Nações Unidas - CORDE Brasília 2001 - Equiparação de Oportunidades- p. 30)

A PODES conta com pessoas que usam as mãos e o coração para educar e evangelizar. Uma de nossas alegrias é perceber que o pouco que faz, ainda assim, é um grande passo para ter uma sociedade mais inclusiva, onde surdos e ouvintes tenham uma comunicação sem bloqueios.

Um coral precisa de todas as tonalidades, vozes altas e baixas e vozes do silêncio. Todas as cores combinadas com amor formam uma pintura belíssima. Nenhuma cor pode ser excluída. Por isso pessoas com deficiência auditiva, visual, física , intelectual ou múltipla fazem parte integral do quadro multicolor do mundo.

Lembrem-se também das palavras de Jesus: " Eu vim para que todos tenham vida, que todos tenham vida plenamente" . Para a PODES não se trata somente de filantropia mas de valorizar todas as diferenças e de respeitar os direitos de todos!

A PODES FUNCIONA EM PARCERIA COM AS PREFEITURAS DE TAPIRAMUTÁ ( 8 anos) MUNDO NOVO ( 4 anos), PINTADAS (primeiro ano), BOA VISTA DO TUPIM (primeiro ano), COM A AJUDA DA PROVINCIA WEST-VLAANDEREN/ BÉLGICA ( 2 anos) , E DE MUITOS AMIGOS DO BRASIL E DA BÉLGICA.


SERVIÇOS DA PODES ( Março 2010)


A PODES mantém dois Centros de Apoio, um Centro em Tapiramutá-BA e um Centro em Mundo Novo-BA. Cursos e Palestras sobre LIBRAS e a educação de alunos com necessidades educacionais especiais em vários municípios em parceria com as Secretarias Municipais de Educação.(Mundo Novo,Tapiramutá, Pintadas, Boa Vista do Tupim)

A PODES oferece um atendimento pedagógico, psicológico e social para pessoas com deficiência auditiva, física e intelectual.

Aceitamos pessoas de qualquer idade: crianças, jovens e adultos.

Queremos ampliar nossa atuação em outros municípios da nossa região e atender também pessoas com outras necessidades especiais.(T.D.A.H, Autismo )

Somos inseridos na comunidade local. Não queremos ser uma instituição fechada, separada da comunidade. Aproveitamos dos serviços existentes do próprio município. Só encaminhamos as pessoas com deficiência para serviços mais específicos quando estes serviços não existem na própria comunidade.

O atendimento e todos os nossos serviços são de graça. Aceitamos doações para nosso trabalho. Valorizamos muito a solidariedade e a convivência com as pessoas que não são portadores de deficiência. Para nos a palavra "deficiente " não tem muito sentido. Somos todos filhos e filhas, irmãos e irmãs do mesmo Pai que nos criou. Temos todos a mesma dignidade e o mesmo valor na sociedade.
















SERVIÇO PEDAGÓGICO

- Educação adaptada às necessidades educacionais especiais dos alunos facilitando a inclusão destes alunos na rede regular se for possível.

Os alunos surdos aprendem a Língua Brasileira de Sinais, LIBRAS. Os alunos que estudam na rede regular recebem um apoio pedagógico da PODES: Tradução das aulas em LIBRAS e acompanhamento dos professores que acolhem um aluno com necessidades especiais na classe regular.

- Cursos de LIBRAS com instrutores do PROLIBRAS - MEC e formação picopedagógica para professores. Palestras.

- Biblioteca sobre Deficiência : três CD-R com muitos textos, leis, declarações internacionais,websites etc.

Os CD-R podem ser adquiridos pelo e-mail fransverhelle@gmail.com

- Organização da Semana Do Surdo






















Professora Edilene da PODES de Mundo Novo ensinado LIBRAS




SERVIÇO PSICOLÓGICO

Diagnostico e avaliação das necessidades educacionais especiais.

Aconselhamento psicológico do aluno e da sua família.



















Professoras da PODES de Tapiramutá: Joilsa,Luisia.Aline,Gilvânia

SERVIÇO SOCIAL

Ajuda para obter o BPC, Benefício de Prestação Continuada, o Passe Livre, as diagnoses dos peritos para obter os próteses e órteses do CEPRED. Ajuda jurídica e defesa dos direitos da pessoa com deficiência.

Associação de pessoas com deficiência

















Professora Eliene da Podes de Tapiramutá com um aluno muito feliz.


Aconteceu: O Primeiro Seminário de Educação Especial de Tapiramutá - 27 de maio 2008 -

Parceria entre a Secretaria Municipal de Educaçaõ de Tapiramutá e a Pastoral dos Portadores de Direitos Especiais PODES.Este primeiro seminário de Educação Especial de Tapiramutá reuniu jovens e adultos com deficiência auditiva, intelectual e física e seus pais e amigos, professores, diretores de escolas, agentes de saúde, representantes das secretarias municipais e de várias igrejas e muitas outras pessoas e entidades preocupadas com a inclusão social das pessoas com deficiência em nossas comunidades de Tapiramutá. Foi um dia cheio de alegria e de esperança.Ouvimos testemunhos bonitos e impressionantes de alunos, pais e professores destacando que a pessoa com deficiência pode ser valorizada plenamente na sociedade.





MEMORIAL DA PODES DE TAPIRAMUTÁ

No mês de fevereiro de 2000 aconteceu um encontro casual entre o Padre Frans e Joilsa no restaurante em Tapiramutá onde a Senhora Joilsa conversava com seu esposo que é surdo em Língua de Sinais. Devido a esta maneira de comunicar, ou seja, “diferente” chamou a atenção do Padre Frans que se fazia presente no mesmo local. Após um bate-papo informal surge à vontade de iniciar um trabalho com pessoas surdas na referida cidade.
Entretanto a comunidade não conhecia as pessoas como surdas e sim como “mudas” , dificultando com isso a pesquisa de campo iniciada pelos dois. Após alguns meses de procura foi encontrado varias famílias que tinham pessoas surdas. Com isso iniciaram reuniões com os pais, as crianças e os jovens surdos da comunidade.
Por meio deste projeto foram encontrados inicialmente na comunidade cerca de vinte pessoas com problema auditivo como: crianças, jovens, adultos. Segundo o Padre Frans Marie, salienta que “a surdez é um problema freqüente em nossa região por causa de doenças na primeira infância. (meningite) Muitos surdos viviam escondidos e excluídos. Mas eles são cidadãos com os mesmos direitos à educação, a emprego, à vida feliz como todos os ouvintes do Brasil. A Associação tem como objetivo lutar pelos direitos dos surdos e outras pessoas com deficiência”.
Vale lembrar que no inicio do projeto, foram registrados 14 surdos freqüentando a Paróquia da cidade de Tapiramutá. Todos foram visitados em suas casas. Onde teve a primeira reunião com os alunos-surdos e familiares na residência do padre Francisco Verhelle. A reunião foi no dia sete de maio de 2000 sendo bastante participativa depois dessa reunião. E após varias conversas sobre o projeto de educação em LIBRAS foram iniciadas as aulas no dia 15 do referido mês e ano para ensinar a Língua Brasileira dos Sinais, LIBRAS.
Assim, depois de apresentações e discussões acerca do referido Projeto, iniciaram as aulas na garagem da casa do padre Francisco que aconteciam nos dias de segunda-feira e terça–feira ficando sempre duas vezes por semana, visto que a professora de língua de sinais não morava na cidade de Tapiramutá e sim a 18 km, em uma fazenda denominada Santa Bárbara.
Inicialmente nove surdos participavam das aulas havendo um rápido desenvolvimento no processo de ensino e aprendizagem. Assim, a professora Joilsa contava com o apoio do Padre Francisco nas aulas de introdução da língua de sinais, pois os alunos não tinham nenhum conhecimento da língua, onde faziam gestos caseiros, não tinham disciplina, não sabiam obedecer às regras, não freqüentavam escolas, eram envergonhados, não saiam e não conversavam na rua. Eles próprios se descriminavam, não tinham um nome uma identidade as próprias famílias os chamavam de “mudos”, enfim eram considerados “doidos” sem perspectivas de mudanças e eles também acreditavam nisso.
Todavia, os sinais foram ensinados de forma prática mostrando sempre o objeto, a palavra e o sinal referente. Quanto aos sinais abstratos estes eram dramatizados pelo padre Francisco e pela professora Joilsa e assim foi ensinada a língua de sinais para os surdos.
Dessa forma, a Associação promoveu o bem-estar dos surdos, a integração deles na sociedade, os incentivaram a ajudarem mutuamente na busca de soluções para seus problemas. Para que isso acontecesse foram organizadas aulas no campo e momentos de lazer.
Dessa maneira, os primeiros passos da caminhada já foram feitos. Os surdos e os pais dos surdos participaram durante três meses das aulas para aprender a língua de sinais. E o resultado foi muito bom. Nasceu uma nova amizade entre os surdos e seus pais. Sem dúvida, os surdos de Tapiramutá têm e terão um futuro melhor aparados pelo projeto de caráter social.
É importante ressaltar que durante este ano todo o trabalho foi voluntário, não tendo apoio do gestor do ano em curso, mas com muita força, dedicação e vontade de ajudar as pessoas com deficiência continuamos a lutar, mesmo com todos os obstáculos no meio do caminho. Alguns alunos não gostavam de ter regras, disciplina, horários a cumprir tendo sempre divergências e desavenças com a professora. Mas mesmo assim ao final acabavam entendendo e voltando para a sala de aula, pois este era o único lugar onde poderiam conversar aprender e entender o mundo que os rodeava.
Contudo em decorrência da compreensão e confiança adquirida aos poucos pelos pais dos alunos que a principio nada entendiam do nosso trabalho e também por não saberem como se comunicarem com seus filhos, houve um grande incentivo para continuarmos com o nosso árduo trabalho.
E assim o trabalho com as crianças precisava ter continuidade, pois as crianças surdas têm direito à educação especial. Segundo a Lei n° 9.394/96 Art. 58. § 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular. Não se trata de filantropia, se trata de direito!
Dando continuidade ao Projeto no ano de 2001 iniciamos o trabalho em um local mais apropriado, tendo as seguintes divisões: um salão, duas salas de aula, dois banheiros, uma cozinha, uma dispensa e uma pequena área. Este, construído com recursos vindos de Instituições Filantrópicas da Bélgica ficando conhecido como Centro das Comunidades e Escola Voz do Silêncio. A partir disso buscamos parceria com a Prefeitura Municipal, a mesma arcava com os salários dos professores, material didático, material de limpeza, transporte e alimentação escolar,
Esta união consolidada por oito anos na Gestão do Exmº Prefeito Srº Drº Antônio Carlos Fonseca Gomes.
Assim, o propósito do projeto não é de afastar as crianças da escola dos ouvintes, mas sim de ajuda - lás à integração na escola regular. Segundo o Padre Frans, “nunca se deve chamar um surdo de mudo! E esclarecer que ele fala com as mãos e tem um nome, um rosto, uma identidade. Ele ou ela se chama Ronan, Avani, Alana, Raiane, ou seja, chama - lós pelo nome de batismo. Ao chamar um surdo nunca grite “ó mudo vem cá... ó muda vem cá... Quando vocês têm gripe, ninguém chama vocês dizendo: “ó gripe, vem cá...”.
Neste ínterim tivemos também pessoas que se sensibilizaram com o nosso projeto ajudando com brinquedos, televisão, computador, jogos educativos, fogão, e utensílios de cozinha, etc. E por esse motivo agradecemos. E o que conseguimos em Salvador, graças a amigos, exames de audiometria totalmente gratuitos através de uma escola especial e posteriormente por intermédio do CEPRED também em Salvador foi adquirido aparelhos de surdez para alguns alunos.
Todavia a nossa escola promovia e participava de aulas extracurriculares, aulas de campo, passeios educativos, eventos escolares com outras escolas do município fazendo sempre um trabalho de divulgação, socialização e inclusão das pessoas com deficiência, mostrando que todos são capazes de aprender e se desenvolver na diversidade.
Em maio de 2002, na "Escola Voz do Silêncio" de Tapiramutá houve o Curso de LIBRAS, Língua Brasileira dos Sinais, no dia 15,16 e17 de maio. O Curso de Língua de Sinais foi ministrado por um professor surdo José Tadeu Raynal Rocha. Trata-se de uma primeira experiência para um grupo limitado de pessoas. Hospedado na casa do Padre Francisco.
É preciso enfatizar que atuávamos como escola especial sendo ensinado para os alunos surdos não só a língua de sinais, mas também a leitura, a escrita, cálculos, hábitos de higiene, artes, dança, coral, teatro, passeios, hortas e culinárias. Enfim transformando-os em cidadãos respeitados em seus direitos e deveres, preparando-os assim, para terem autonomia e serem vistos pela comunidade sem descriminação.
No decorrer dos anos iniciamos também um pequeno projeto com crianças com deficiência intelectual e física, fazendo um trabalho de conscientização, integração, socialização, didático e pedagógico.
Ficamos neste local mais ou menos cinco anos, executando da melhor maneira possível o nosso trabalho. Infelizmente um dos nossos fundadores o Padre Francisco foi transferido para a paróquia de Mundo Novo, aos pouco sentimos a necessidade de conceder ao pároco atual o local para que ele pudesse realizar com mais conforto as suas atividades junto à comunidade. Também houve a transferência das irmãs para outro Estado. Em 2007 retomamos os trabalhos na residência das religiosas, onde foi preciso fazermos as devidas modificações no local para que a escola pudesse funcionar.
Para garantir e ter melhor estrutura e autonomia do Projeto que antes era conhecido como “Escola Voz do Silêncio” mudando somente de nomenclatura surge a PODES – Pastoral dos Portadores de Direitos Especiais, pertencendo ao C.T. L – Centro de Treinamento de Lideres da Diocese de Ruy Barbosa.
O projeto tem como objetivo essencial promover a inclusão social das pessoas com deficiência na sociedade para que possam conquistar seus direitos garantidos pela supra lei 9.394/96, promovendo a participação ativa da pessoa com deficiência na construção de uma sociedade mais justa e solidária. Esta inclusão tem como fundamento uma espiritualidade bíblica e ecumênica, respeitando a opção religiosa de cada pessoa com deficiência.
Segundo Celso Cunha, no português europeu, “o pronome "tu" é empregado como forma própria da intimidade. Usa-se de pais para filhos, de avós ou tios para netos e sobrinhos, entre irmãos ou amigos, entre marido e mulher. No português do Brasil o uso do "tu" restringe-se ao Sul do país e ao Norte em regiões ainda não suficientemente delimitados.”.
Conforme a citação acima é pertinente esclarecer que TU PODES tens um valor de tratamento igualitário, de aproximação e intimidade, que queremos exprimir pela sigla PODES. Queremos dizer ao nosso irmão, a nossa irmã, com deficiência "Tu PODES". Sabemos que gramaticalmente nossa sigla PODES da Pastoral dos Portadores de Direitos Especiais não é correta. Mas pensamos que podemos juntos infringir certas regras da gramática. Sabemos também que "Direitos Especiais" não existem na lei, mas pensamos que podemos ignorar uma vez esta lei que muitas vezes ignora os nossos direitos. Na lei somos tratados ainda como pessoas com necessidades especiais e portadores de deficiências. (na LDB, por exemplo)
Portanto temos necessidades especiais, sim, mas onde ficam os nossos direitos "especiais" que são, ainda muitas vezes, ignorados pela sociedade. Nós não somos "sujeitos de filantropia", mas cidadãos que querem e podem participar plenamente da sociedade! Nós podemos, nós temos impedimentos sim, mas estes impedimentos são mais sociais do que individuais. Onde fica a deficiência? Na pessoa ou na sociedade?
Foi Frei Betto, que pela primeira vez, sugeriu a sigla "PODES” na primeira reunião da nossa associação da qual foi aceita com unanimidade. Podemos! Podemos juntos, pessoas com deficiência, pais, educadores... Valorizar e desenvolver nossas capacidades mútuas.
Sabe-se também que para se alcançar igualdade e plena participação, não bastam medidas de reabilitação voltadas para o indivíduo com deficiência. A experiência é ponto fundamental, porque demonstra que é o meio que determina, em grande parte, o efeito de uma deficiência na vida diária da pessoa. Onde uma pessoa se torna vítima do impedimento quando lhe são negadas as oportunidades de que se dispõe a comunidade em geral e que são necessárias aos aspectos fundamentais da vida, inclusive a vida familiar, a educação, o emprego, a moradia, o lazer, a segurança econômica e pessoal, a participação em grupos sociais e políticos, nas atividades religiosas, nas relações afetivas e sexuais, no acesso a instalações públicas, na liberdade de movimentos e no sistema geral da vida diária.
Na maioria das vezes a sociedade só se ocupa das pessoas que estão em pleno gozo de todas as suas faculdades físicas e intelectuais. Por outro lado, a sociedade precisa reconhecer que, apesar dos esforços feitos em matéria de prevenção, haverá sempre um determinado número de pessoas com deficiência e dificuldade para sobreviverem sozinhas e por isso devem ser identificadas e ajudadas para poderem driblar, ou seja, vencer os obstáculos para a sua plena participação social.
Tal participação só foi e é possível com o auxilio de pessoas que usam as mãos e o coração para educar e evangelizar. Por isso uma de nossas alegrias como educadoras e profissionais da área é quando percebemos que o pouco que faz, ainda assim, é um grande passo para ter uma sociedade mais inclusiva, onde surdos e ouvintes tenham uma comunicação sem bloqueios. Como por exemplo - um coral precisa de todas as tonalidades, vozes altas e baixas e vozes do silêncio. Todas as cores combinadas com amor formam uma pintura belíssima. Nenhuma cor pode ser excluída. Por isso, pessoas com deficiência auditiva, visual, física, intelectual ou múltipla fazem parte integral do quadro multicolor do mundo. Lembrem-se também das palavras de Jesus: "Eu vim para que todos tenham vida, que todos tenham vida plenamente”. Assim, para a PODES não se trata somente de filantropia, mas de valorizar todas as diferenças e de respeitar os direitos de todos.


A PODES funciona em parceria com a Prefeitura Municipal de Tapiramutá – Ba há oito anos e tem também o apoio da PROVINCIA WEST-VLAANDEREN/ BÉLGICA há dois anos, e os de muitos amigos do Brasil e da Bélgica, dos quais, mantém o Centro de Apoio que oferece um atendimento pedagógico, psicológico e social para pessoas com deficiência auditiva, física e intelectual.

O Serviço Social da PODES está inserido na comunidade local, por que não queremos ser uma instituição fechada, separada da comunidade. E sim aproveitarmos dos serviços existentes do próprio município para encaminharmos as pessoas com deficiência para serviços mais específicos quando estes serviços não existem na própria cidade. Os atendimentos que são prestados pela PODES são de graça, Por isso, aceitamos doações para o nosso trabalho que é valorizado pela solidariedade, pela convivência com as pessoas que não são portadores de deficiência. Assim, para nos a palavra "deficiente” não tem muito sentido, pois somos todos os filhos e filhas, irmãos e irmãs do mesmo Pai que nos criou. E temos todos a mesma dignidade e o mesmo valor perante a sociedade.

O Serviço Pedagógico Educacional da PODES é adaptado às necessidades metodológicas especiais em junção com o ensino regular. Onde os alunos surdos aprendem a Língua Brasileira de Sinais, LIBRAS. Já os que estudam na rede regular recebem um apoio pedagógico da PODES através de tradução das aulas em LIBRAS com o acompanhamento dos professores capacitados.
O Serviço Psicológico é feito através de diagnostico e avaliação das necessidades educacionais especiais de cada aluno e da família.
Quanto ao Serviço Social é feita pela por meio da ajuda para obter o BPC, Benefício de Prestação Continuada, o Passe Livre, as diagnoses dos peritos para obter as próteses e órteses do CEPRED, também a ajuda jurídica e defesa dos direitos da pessoa com deficiência com a colaboração dos advogados associados Parente e Costa e da Associação de Pessoas com Deficiência.

Mas para caminhar neste caminho árduo, mas significativo, esperançoso e inclusivo da PODES vários desafios foram pertinentes para o seu desenvolvimento e ampliação no decorrer do no ano de 2008. Foram; Implementação da PODES em outras paróquias. Participação de surdos na EFA de Jequitibá; Envolvimento de outras pastorais na luta pela inclusão das pessoas com deficiência: Criança, Menor, Juventude, Cidadania; Luta pelo cumprimento dos Direitos de Pessoas com deficiência, especialmente os direitos em favor do emprego das pessoas com deficiência; Incentivo de paróquias, pastorais e movimentos para empregar pessoas com deficiência; Aquisição e organização de uma Casa de Apoio em Tapiramutá; Organizar curso de formação para pessoas que querem colaborar para a inclusão social das pessoas com deficiência.
Para dar remate ao nosso memorial segue a poesia:

PODES

A PODES É UMA ORGANIZAÇÃO
DA IGREJA CATÓLICA
DA SANTA SÉ (APOSTÓLICA)
NO EXERCÍCIO DA CIDADANIA
COM OBJETIVO, A INCLUSÃO
EMPREGO, LAZER, EDUCAÇÃO
FAMÍLIA, SAÚDE E MORADIA

A LOGOMARCA DA PODES
MOSTRA UMA POMBA VOANDO
ACIMA DAS ÁGUAS ARRULHANDO
QUE SIMBOLIZA LIBERDADE
UM SERVIÇO PEDAGÓGICO
DE CERTO PSICOLOGICO
AS PESSOAS DE QUALQUER IDADE

SOMOS INSERIDOS
EM TODA COMUNIDADE
ADAPTADA AS NECESSIDADES
AS PESSOAS DIFERENTES
TRABALHO SÉRIO, ESPECIAL
DE UMA FORÇA VITAL
DINÂMICO E PERMANENTE

A PODES TEM UMA ORGANIZAÇÃO
QUE TEM COMO OBJETIVO
UM CUMPRIMENTO EFETIVO
DOS DIREITOS INDIVIDUAIS
SIGNIFICATIVOS E EVIDENTE
DAS PESSOAS DIFERENTES
COM SEUS DIREITOS ESPECIAIS

A PODES É UMA ORGANIZAÇÃO
DE MAGNÍFICOS VALORES
UM EXEMPLAR DE PROFESSORES
UMA INCLUSÃO QUE NOS CONVÉM
A PODES UM EXCELENTE SERVIÇO
DE FRATERNIDADE E BENEFICIO
PARA O BOM
PARA O BELO
PARA O BEM

AUTOR: AUGUSTO SILVA/2007.

Curso sobre Deficiência Intelectual


Este curso foi elaborado para uso interno da PODES. Pessoas interessadas podem pedir este curso pelo e-mail da PODES.

É a primeira parte, bastante teórica, de um curso mais amplo sobre a educação da pessoa com deficiência intelectual. Para educar um aluno com deficiência intelectual o educador deve conhecer algumas noções básicas sobre cognição e pensamento. Sem conhecimento dos fatores subjacentes da deficiência intelectual o professor não conseguirá uma educação válida para a pessoa com deficiência intelectual.

Educação não é somente uma prática mas , também uma ciência, uma crítica no sentido da filosofia alemão: o discernimento objetivo o que vale para a educação da pessoa com deficiência intelectual baseado sobre estudos empíricos e não somente sobre opiniões e modas passageiras, sem fundamento sólido.


A secunda parte do curso será mais prática e intuitiva, baseada sobre a convivência com pessoas com deficiência. Queremos juntar prática e pesquisa científica.

Contatos:
parmundo@acessenew.com.br
Praça Senador Cohim, 29 44800-000 MUNDO NOVO -BAHIA


Deficiência Intelectual - Conteúdo da Primeira Parte

1.Inteligência, Cognição, Pensamento. Varias Aproximações.

1.1. Inteligência e sabedoria.Algumas definições para “abrir” a mente.(p.1)
1.1.1. Hebreus. (p.1)
1.1.2.Gregos. (p.1)
1.1.3.Romanos.(p.2)
1.1.4. O Aurélio Século XXI. (p.2)
1.1.5. Conclusão: Não é tão fácil definir o que é “Inteligência” (p.2)

1.2.Inteligência na psicometria.(p.3)
1.2.1. O início da psicometria : 1894 – Binet e Simon.(p.3)
1.2.2. O “ Q.I.” Quociente de Inteligência.(p.4)
1.2.3.Inteligência na psicometria.Fatores e Construtos.(p.5)

1.3.A psicogênese da inteligência.(p.8)
1.3.1.A noção de “crescimento”. (p.8)
1.3.2.Desenvolvimento da inteligência como desenvolvimento do pensamento ou da cognição. (p.9)
1.3.3. O “despertar” da inteligência pelos estímulos apropriados, (p.9)
1.3.4.Os “fases” de desenvolvimento da pessoa. (p.10)

1.4.As inteligências múltiplas : Howard Gardner (p.11)

1.5.A psicologia do pensamento. (p.14)
1.5.1.Perspectiva científica limitada. (p.14)
1.5.2.Pensamento como processo cognitivo.(p.15)
1.5.3.Funções do pensamento.(p.16)
1.5.3.1.Adaptação da pessoa ao meio ambiente. (p.16)
1.5.3.2.Organizar a coerência lógica do conhecimento.(p.17)
1.5.4. Tipos de problemas.(p.17)
1.5.5.Pensar eficientemente. (p.18)

1.6. É possível aumentar a capacidade intelectual ? ( p.19)
1.6.1.Um desafio de todos os tempos.Respostas diferentes.(p.19)
1.6.2.Ensinar a pensar.Modificabilidade Cognitiva (p.20)
1.7. Pequeno Discurso: Mente e Cérebro. (p.21)

2.Deficiência Intelectual. (p.24)

2.1. Definições.(p.24)
2.1.1.Pequena perspectiva histórica.(p.24)
2.1.1.1.Uma grande variedade de definições.(24)
2.1.1.2.Por que tantas definições,terminologias.(25)
2.1.1.3. A terminologia mais usada neste momento.(28)
2.1.2.Definição da AAMR.(29)

2.2.Causas da deficiência intelectual AAMR.(31)

3.Deficiência Intelectual e Dificuldades de Aprendizagem.(p.32)

3.1.Necessidade de uma educação diferenciada.(p.32)
3.2. A cognição do aluno com deficiência intelectual.(p.34)
3.2.1.Uma conversa com várias pessoas com deficiência intelectual.(p.34)
3.2.2.As funções cognitivas das crianças com deficiência intelectual.Muitos fatores envolvidos.Esquema global.(p.35)

4.Reuven Feuerstein: A Teoria da Modificabilidade Cognitiva.(p.39)

4.1.Deficiência intelectual e Desenvolvimento Cognitivo.Ilusão ou Realidade...(p.39)
4.2.Biografia breve de Reuven Feuerstein.(p.43)
4.3.Principais conceitos da teoria de Feuerstein.(p.44)
4.4.Etiologia do Desempenho Cognitivo Retardado segundo Feuerstein.(p.45)
4.4.1.Como surgiu esta teoria. (p.45)
4.4.2.Falta de EAM como etiologia próxima do DCR.(p.46)
4.4.3. Experiência de Aprendizagem Mediada EAM.(p.47)
4.5.As funções cognitivas deficientes segundo Feuerstein.(p.48)
4.5.1.Funções cognitivas deficientes nas três fases do ato mental.(p.48)
4.5.1.1.Funções cognitivas debilitadas na “Input”, fase de entrada de dados.(p.50)
4.5.1.2.Funções cognitivas debilitadas na fase “Elaboração”(p.50)
4.5.1.3.Funções cognitivas debilitadas na fase “output”, na saída.(p51)
4.5.2.Pequeno Discurso sobre fatores dinâmico-afetivas que influenciam os processos cognitivos e de aprendizagem.Vários autores.(p.51)
4.6.Análise de cada função cognitiva deficiente.(p.53)
4.6.1.Percepções defeituosos e superficiais.(p.53)
4.6.2.Comportamento exploratório impulsivo.(p.58)
4.6.3.Falta de capacidade verbal.(p.60)
4.6.4.Falta ou debilitada orientação no tempo e no espaço.(p.62)
4.6.4.1.Falta de orientação no espaço.(p.62)
4.6.4.2.Falta de orientação no tempo.(p.66)
4.6.5.Falta ou debilitada conservação de constâncias. (p.68)
4.6.6.Falta de precisão e de exatidão.(p.69)
4.6.7.Falta ou debilitada possibilidade de combinar duas ou mais fontes de informação.(p.70)
4.6.8.Incapacidade de descobrir a existência de um problema e de definir subseqüentemente qual é
o problema.(p.71)
4.6.9.Incapacidade para selecionar os índices relevantes para definir um problema ( p.73)
4.6.10.Falta ou debilitado comportamento comparativo.(p.73)
4.6.11.Estreiteza do campo mental.(p.75)
4.6.12.Falta o debilitado comportamento somativo.(p.75)
4.6.13.Dificuldades pra projetar relações virtuais.(p.76)
4.6.14 Falta ou debilitada procura de lógica evidente(p.76)
4.6.15 Falta ou debilitado interiorização (p.77)
4.6.16 Falta ou debilitada comportamento de planejamento.(p79)
4.6.17 Comunicação egocêntrica.(p.79)
4.6.18 Bloqueio (p.80)
4.6.19 Comportamento de “tentativas e erros” como única estratégia para resolver problemas.(81)
4.6.20 Debilitado transporte visual.(p.81)
4.6.21 Compreensão episódica da realidade.(p.82)
4.7. O Mapa Cognitivo de Feuerstein. (p.83)
4.7.1. Conteúdo (p 13)
4.7.2.Operações (p.84)
4.7.3. Modalidade(p.85)
4.7.4. Fase (p,85)
4.7.5. Nível de complexidade.(p.86)
4.7.6. Nível de abstração. (p.86)
4.7.7. Nível de eficiência. (p.87)
4.8.Avaliação breve da teoria de Feuerstein (p.87)

5. Pequeno Discurso sobre a psicologia da aprendizagem russa.
Formação do ato mental por estágios: Gal´perin e colaboradores. (p.89
)

5. Teoria de Gal´perin: Formação do ato mental por estágios.
5.1. Quem é Gal´perin? (p.90)
5.2. O ato mental segundo Gal´perin (p.92)
5.3. A aprendizagem do ato mental. Formação dos atos mentais por estágios. (p.98)
5.3.1. A fase da orientação. (p.101)
5.3.2. O ato material : manipulando objetos – abreviações – atos materializados. (p.103)
5.3.3. O ato verbal – falar alto sem os objetos : abstração (p.104)
5.3.4. Os últimos estágios : Estágio 4 : A fala para se mesmo e o Estágio 5: O ato mental –muitas abreviações possíveis – o problema do controle do ato mental. (p.107)
5.4. Relevância da teoria de Gal´perin para alunos com deficiência intelectual. (p.109)
5.5. Formação de conceitos: Gal´perin, Davydov, Veklerova (p.115)